A capacidade de adaptação ao mercado não só do empresário mas de todo o profissional, é sem dúvidas a habilidade do homem moderno que mais precisa ser desenvolvida.

Como disse o Murilo Gun, “o que venderam para nós é que a vida tinha um script claro,  inclusive já validado e deu certo para nossos pais e avós. O script é nasce, cresce, faz vestibular, trabalha, casa, reproduz, aposenta e curte a vida se der tempo e morre. Então está pronto era só rodar o mesmo script e ser feliz. É muito confortável saber que tem um script pronto e basta rodar, não precisa perder tempo inventando coisas, é mais tranquilo é só seguir o fluxo.” O problema é que estamos tentando rodar o mesmo script agora e não está funcionando mais.

Eu aposto que você conhece algum profissional que se formou na faculdade mas nunca trabalhou na área, o mundo está tão rápido que a adaptação ao mercado não espera nem terminar a faculdade.

Diante de todo esse cenário a única certeza que temos é a constante incerteza do mundo. A globalização, a facilidade de locomoção e o acesso a informação praticamente instantânea fazem um vírus que começou na China rapidamente se espalhar pelo mundo inteiro. Uma notícia sobre eleição presidencial nos EUA, faz o dólar subir, causa volatilidade na bolsa de valores, e o tomatinho vendido pelo sr. João na quitanda da esquina já fica mais caro no dia seguinte.

Nos últimos anos vimos um novo termo sendo utilizado principalmente no meio corporativo que é a Resiliência. A palavra resiliência vem emprestada da física e é na verdade a propriedade de um material de recuperar a sua forma original após sofrer choque ou deformação. Diante de um mercado competitivo em que o script da vida está dando pau, se não tivermos a capacidade de se recuperar logo, provavelmente o trem irá passar por cima.

A habilidade de adaptação ao mercado é fundamental nos dias atuais. A adaptação no âmbito profissional e empresarial está numa posição em que ela nunca teve antes. Como um exemplo, antigamente o empreendedor tinha uma lojinha de vendas de calçados e ele terminaria a vida profissional nessa mesma lojinha, sendo reconhecido por toda a vizinhança em um relacionamento próximo e caloroso, baseado na confiança e muitas vezes a forma de pagamento era na caderneta. Atualmente as coisas mudam rápido demais, a lojinha pode ir bem, até alguém postar nas redes sociais uma vantagem diferente de uma outra loja de calçados, e mesmo que essa loja fique do outro lado da cidade ou do outro lado do mundo, com a internet e a facilidade de locomoção seja por carro, Uber ou ônibus, e com a acessibilidade de envio para qualquer lugar ficou fácil de um comprador migrar de um lugar para o outro.

O mundo corporativo está cada vez mais incerto e imprevisível, e cabe a nós a adaptação ao mercado e não tentarmos brigar com toda essa transformação. A resistência a mudança pode ser fatal. Quem não tiver a capacidade de pivotar rápido para as novas demandas do mercado está fadado a fechar. Mesmo que o negócio foi iniciado e está dando certo, o empreendedor tem que estar pronto para pivotar rápido se for o caso.

Trafegar por vários espaços, estar aberto a novos conteúdos, cada vez mais essa capacidade é fundamental para um correto posicionamento no mercado. A inflexibilidade pode cobrar um preço muito alto.

Tenha coragem de se aventurar a novas perspectivas, novos contextos e abra-se a novos tipos de conhecimentos, seguramente isso vai fazer muita diferença.

Como eu li em um livro. “o maior risco de todos é não correr nenhum risco. Em um mundo que muda rapidamente, a única forma garantida de falhar é não correr riscos.”

Se você ainda não leu, recomendo a matéria Como driblar a crise.